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Começo por o informar que está perante um projecto de autor português, o seu nome é Pedro Pacheco e tem o seu atelier em Lisboa desde 1996. É já conhecido nacional e internacionalmente pelos seus projectos e trabalho desenvolvido em múltiplas áreas. A sua prática profissional abrange um amplo e diversificado campo de acção, desde a arquitectura, à reabilitação, ao planeamento urbano, ou ao design de interiores e de mobiliário.
O projecto que lhe trazemos hoje não é habitacional, mas é feito para as pessoas usufruírem dele, ele é o restaurante Santa Rita. Acompanhe-nos e conheça mais um projecto nacional.
O local de intervenção situa-se no piso térreo de um edifício Pombalino, no centro histórico de Lisboa. Trata-se de uma remodelação e a tipologia do espaço é bastante frequente nestes edifícios: caracterizada por um espaço único definido por três tramos abobadados com paredes em alvenaria de pedra e abóbadas em alvenaria de tijolo maciço. A entrada faz-se por duas portas idênticas que nos convidam a entrar. Entre também!
O pé direito deste espaço é de mais de 4m de altura e conta com mais de 100m² de área. Um dos topos do espaço tem contacto directo com a rua pública, através do dois vãos que se vê na foto superior, e o outro com um espaço de ventilação. O objectivo latente neste projecto foi o de remodelar o espaço existente, transformando-o num restaurante, mantendo as linhas e qualidades arquitectónicas originais. Tendo em conta que toda a área onde o restaurante está implantado, é a de um espaço aberto, tornou-se necessário criar um elemento que unisse a sala de jantar com a cozinha, que fosse capaz de os separar e ao mesmo tempo interligar. O resultado foi, um projecto que manteve a traça original do edifício, proporcionando um espaço fluído e bastante luminoso.
O tal elemento-biombo que falámos é definido por um sistema de painéis de vidro lacado a branco, alinhado pelo arranque dos arcos de pedra, contorna as diferentes áreas de trabalho da cozinha e as instalações sanitárias públicas, condicionando o acesso à zona de serviço e definindo a nova imagem e ambiente do restaurante. A luz da rua passa a fazer duplamente parte da atmosfera do espaço, projectando no biombo, reflexos e imagens em movimento e iluminação led, suspensa e indirecta, inunda o espaço de cor e regula a temperatura da sala.
Neste plano mais próximo percebe-se bem do que falamos anteriormente. Este biombo divide a sala de refeições da zona de confecção de comidas. Serve ainda de armário de armazenamento a todas as loiças necessárias para as refeições. A imagem é clean pois toda a informação está atrás das paredes de armário. Assim sendo, e visto não existir decoração apenas se presta atenção à própria arquitectura e tipologia do espaço.
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