Casa simples pensada para a família

Mariana Caldeira Mariana Caldeira
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A escolha do lugar e casa onde desejamos viver é sempre uma decisão difícil. Se por um lado sonhamos com um apartamento cheio de estilo no centro da cidade, a ideia de desfrutar de mais alguns metros quadrados na paz do campo também é bastante persuasiva. Muitas vezes, quando se pensa no conforto de toda a família, a decisão acaba por procurar um compromisso entre estas duas valências, escolhendo uma habitação nos subúrbios dos grandes centros urbanos. 

É a pensar no conforto da família que hoje lhe apresentamos uma habitação cuidadosamente desenhada desde a conceptualização de uma estratégia de intervenção ao desenvolvimento dos últimos detalhes. Estabelecendo um equilíbrio entre a proximidade da cidade e o sossego das áreas mais rurais, esta casa parece ter sido especialmente pensada para a maioria das família portuguesas.

A equipa responsável pela intervenção é conhecida por SAMF Arquitectos e já aqui foi várias vezes mencionada graças à qualidade das suas intervenções. Liderado por Sara Antunes e Mário Ferreira, o atelier foi fundado em 1999 em Lisboa e tem desenvolvido todo o tipo de projetos ligados à arquitetura e ao urbanismo.

Lugar e programa

O projeto insere-se numa zona denominada de Pinhal Verde pertencente ao distrito de Leiria, marcada pelos declives acentuados tão característicos do nosso país. A partir de um lote com 750m2, pretendia-se o desenvolvimento de uma habitação unifamiliar capaz de combinar a qualificação de algumas zonas exteriores com a privacidade inerente às funções habitacionais. 

Intervenção

Apesar da dimensão simpática do lote, o local apresentava uma série de restrições definidas no plano de pormenor, que condicionavam a volumetria, pavimentos e cérceas da intervenção. Deste modo, os arquitetos desenvolveram uma espécie de cubro maçico, que se adapta ao terreno de declive acentuado. Quebrando a monotonia da forma regular, foram ainda criadas uma série de varandas que se debruçam sobre a paisagem e equilibram os contrastes entre a construção e a envolvente.

Organização

Funcionalmente a casa organiza-se segundo um esquema vertical baseado nos diferentes pisos, que permite uma distinção entre a zona pública e a zona privada bem demarcada. Desta forma, no nível térreo encontramos a cozinha e sala de estar, no primeiro piso os quartos e instalações sanitárias de apoio e o piso inferior ficou reservado para a garagem e zonas técnicas. 

Materiais

Os materiais utilizados ao longo de toda a habitação procuraram equilibrar o lado mais contemporâneo do  projeto. Além do tijolo utilizado em grande parte do revestimento exterior, também no interior se procurou integrar uma dimensão mais tradicional. A escolha da madeira para a grande maioria dos pavimentos e outros detalhes construtivos garante um ambiente mais acolhedor e caloroso à casa, adequado à maioria dos contextos familiares.

Interiores

O trabalho ao nível dos interiores procurou, acima de tudo, complementar a beleza natural do projeto de arquitetura. A presença do branco capaz de multiplicar a sensação de iluminação tornando os espaços mais amplos, é combinada com mobiliário de linhas simples. A simplicidade do design de interiores confere uma atmosfera calma e relaxante à habitação. 

Simplicidade

A beleza desta intervenção reside na simplicidade com que se lê o resultado final. Não houve a vontade de satisfazer um grande capricho arquitectónico, de criar um contraste dramático com a envolvente ou integrar questões programáticas complicadas. Aqui, o trabalho dos arquitectos procurou, acima de tudo, criar uma casa excepcional para uma família portuguesa. Naturalmente, o projeto traduz-se numa clareza final que só pode resultar de um processo exigente.

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