Arquitectura típica: 5 projectos de casas alentejanas!

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Moradia Bifamiliar - Grandola, Teresa Ledo, arquiteta Teresa Ledo, arquiteta
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O Alentejo é uma das zonas mais ricas do país. Com belas praias e cenários idílicos, ainda melhor gastronomia e pessoas de trato fácil, é um destino que atrai portugueses e estrangeiros em massa. 

A paisagem alentejana é por nós bem conhecida. As casas com paredes caiadas e faixas coloridas – em azul, amarelo, vermelho, e assim por diante – são facilmente identificáveis e é de extrema importância manter-lhes a traça e, desta forma, preservar o nosso património físico e cultural. Para que tal aconteça, têm os arquitectos um papel importante. Quer se trate de uma remodelação ou construção de raiz, é essencial haver uma preocupação paisagística. 

Neste artigo, partilhamos consigo cinco projectos de casas alentejanas. Em boa verdade, nem lhe precisávamos de facultar esta informação: basta olhar para elas para perceber de onde são. 

Os projectos foram levados a cabo pelo gabinete Arqtledo. A arquitecta, Teresa Ledo, tem gabinete no centro histórico de Grândola e debruça-se sobre projectos diferenciados que procura sempre adaptar ao cliente e ao lugar. 

Vamos ver estes? Acompanhe-nos!

1. Azul e branco em Milfontes

Começamos por uma moradia em Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, com uma generosa área de 400 m². A moradia isolada tem vista para o rio de Mira e insere-se num loteamento privado, indo assim, ao encontro, das pretensões do cliente. 

A casa desenvolve-se sob o comprido e possui várias aberturas para o exterior, com o qual se integra. Afinal de contas, estar no Alentejo é estar em pleno diálogo com a mais pura e tranquila natureza. O programa da casa desenvolve-se, nomeadamente, no extenso piso inferior. O segundo piso conforma uma área mais privada e intimista. 

2. A tradição dialoga com o moderno

Manter a traça original de uma casa não significa que esta não possa ser modernizada em alguns aspectos. Muito pelo contrário, é possível aliar, com harmonia, o melhor dois mundos. A moradia que acima vê é disso exemplo. Com laivos marcadamente alentejanos, o imóvel possui janelas com portadas modernas, vãos grandes e acabamentos modernos.

A moradia isolada insere-se num loteamento urbano com 420 m² de área, no qual o permitido era 120 m² de área de implantação. Para contornar os constrangimentos espaciais, projectou-se uma moradia com um pé-direito duplo com mezanino. Aproveitou-se, assim, o espaço, na vertical. A casa, com área aparentemente reduzida, possui, assim, cinco quartos com boas áreas. 

3. Uma herdade e pêras!

O terceiro projecto diz respeito à requalificação de edificações existentes numa pequena herdade. Como se percebe pela imagem, as edificações encontravam-se em mau estado de conservação e não exibiam significativo valor arquitectónico. Porém, mantiveram-se as implantações existentes, tendo-se, todavia, alterado a linha arquitectónica e a volumetria.

Sim, esta é a mesma herdade. Consegue acreditar? Está irreconhecível! Na entrada, prepondera o granito e a calçada portuguesa. À medida que a imagem se abre se entra na herdade, percebemos que a imagem arquitectónica, no interior da quinta, é renovada. A bela moradia possui paredes branco e, no espaço, evidenciam-se o xisto e o granito, duas rochas provenientes dos ricos e heterogéneos solos alentejanos. 

4. Moradia bifamiliar

Num terreno com 100 m² foram implantadas duas moradias bifamiliares com um pequeno logradouro. A arquitecta procurou dar continuidade à frente de rua no que toca à arquitectura na zona histórica. Ao mesmo tempo, introduziram-se elementos mais modernos. As dimensões totais são de 150 m².

5. Reconversão para turismo

Sendo uma das regiões mais procuradas do país, é natural que o número de casas para turismo aumente progressivamente. O nosso último projecto leva-nos a Grândola e trata da reconversão de um edifício abandonado em turismo. A casa é tipicamente alentejana, mas precisava de uma lavagem em termos de estilo para ser trazida ao presente. 

Eis a proposta da arquitecta Teresa Ledo. Como é apanágio dos edifícios modernos, os espaços interiores e exteriores integram-se através de amplos panos envidraçados. É, na verdade, o expressivo uso do vidro que define a casa que se estende sob o comprido e mantém algumas características tradicionais como o telhado laranja e o binómio azul e branco.



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