Como Economizar na Construção de uma Casa: 10 Dicas Úteis

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
House in Portimão, MOM - Atelier de Arquitectura e Design, Lda MOM - Atelier de Arquitectura e Design, Lda Casas estilo moderno: ideas, arquitectura e imágenes
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A construção de uma casa é o investimento da vida de muitas pessoas. Não sendo um projecto barato, também não tem que ser tão caro quanto, à partida, se possa imaginar. Há várias coisas que podem ser feitas para reduzir os gastos, gerir as poupanças, evitar desperdícios, controlar orçamentos, entre outras coisas. A verdade é que o custo de construção de uma casa depende muito do planeamento que antecede a obra e das escolhas de design e de construção que se fazem. É importante que o processo seja levado a cabo com calma e ponderação porque não é suposto a construção de uma casa colocar as famílias num sufoco financeiro. Pelo contrário, o objectivo é as pessoas poderem desfrutar tranquilamente do seu novo lar e terem ainda espaço no orçamento para fazerem aquilo de que mais gostam.

Hoje, e a pensar nisso, partilhamos consigo algumas dicas sobre como construir uma casa sem perder de vista a gestão dos gastos. Lembramos que todas as fotografias que ilustram o nosso livro de ideias pertencem a projectos levados a cabo por arquitectos e designers de interiores portugueses cujos nomes aparecem sob cada imagem.

Ora tome nota.

1 – Defina um orçamento e planeie as suas finanças

Comece por determinar quanto pode gastar para construir casa. Para o efeito, sugerimos que se reúna com o seu contabilista ou com o seu gestor de conta para definir esse valor. Se chegar à conclusão que não é o momento, adie o sonho por algum tempo e, se conseguir, faça um plano de poupança para poder concretizá-lo mais tarde. Seja realista em relação ao seu orçamento e lembre-se que um orçamento limitado não é sinónimo de que a sua casa vá ficar demasiado pequena, feia ou desconfortável. É tudo uma questão de se fazerem escolhas inteligentes e estratégicas aquando da construção. Para gerir as suas finanças e gastos (em todos os aspectos da vida), pode, também, utilizar algumas apps como a Spending Tracker, a Boonzi, a Money Lover ou a IOU.

2 – Contrate um arquitecto

Não raras são as pessoas que torcem o nariz à contratação de um arquitecto porque a vêem como um luxo ou gasto desnecessário. Mas nós estamos aqui para desfazer essa concepção totalmente errada. O papel de um arquitecto é essencial para se construir com eficiência sem comprometer a funcionalidade e a estética. Os ateliers de arquitectura estão articulados com equipas de trabalho, sabem como gerir orçamentos, dar-lhe-ão a conhecer diferentes opções – por exemplo, em relação aos materiais e processos de construção -, partilharão consigo conselhos e dicas de construção e têm, frequentemente, acesso a preços mais baixos junto dos fornecedores. A formação e o conhecimento técnico do arquitecto são, de facto, essenciais para se tirar o máximo de partido do orçamento disponível. Lembre-se também que se dispensar a ajuda de quem sabe, a sua casa pode vir a ter problemas estruturais que o podem levar a incorrer em gastos ainda mais avultados.

3 – Considere soluções sustentáveis: casas pré-fabricadas

A construção de casas pré-fabricadas é uma solução económica, rápida, ecológica e necessária. A urgência climática que hoje enfrentamos não é assunto que se deva menosprezar e todas as decisões que tomamos neste planeta devem ir ao encontro de o preservar. A boa notícia é que, actualmente, já existem, em Portugal, muitas empresas que constroem casas pré-fabricadas que em nada ficam atrás das casas de construção tradicional. Outra grande vantagem inerente a este tipo de construção é a poupança em termos de mão de obra, visto que os módulos que compõem as casas pré-fabricadas são construídos em fábrica e depois levados e montados no local (e a construção em fábrica está imune aos atrasos provocados pelas condições meteorológicas, o que evita aqueles atrasos típicos das construções tradicionais).

4 – Faça uma lista: o que dispensa e não dispensa na sua futura casa?

As listas são muito profícuas para organizarmos as nossas ideias e estruturarmos um projecto desta dimensão. No que diz respeito à construção de uma casa, o facto de querer poupar não significa que tudo tenha que ser barato (até porque o barato sai, muitas vezes, caro). Na verdade, tem tudo a ver com prioridades, por isso, faça uma lista daquilo que a casa tem mesmo que ter e do que pode dispensar. Se, por exemplo, adora receber pessoas para almoçar e jantar e cozinha a maior parte das refeições em casa, dedique uma parte mais generosa do seu orçamento a criar e a equipar uma cozinha convidativa, espaçosa e extremamente funcional que tenha electrodomésticos energeticamente eficientes e contenha os gastos noutros aspectos/divisões para si menos importantes. Reforçamos, mais uma vez, a ajuda preciosa que um arquitecto lhe pode dar quando tiver que fazer estas escolhas.

5 – Seja estratégico na escolha dos materiais

A compra dos materiais deve ser estratégica e, também nisso, um arquitecto será fundamental. Os arquitectos conhecem vários tipos de materiais, estão a par dos preços e podem aconselhá-lo em relação aos melhores materiais para os acabamentos (e não só) mediante o seu orçamento. Se não tiver um arquitecto, o que deve fazer é pedir orçamentos a duas ou três empresas/lojas distintas e, se possível, comprar as coisas no mesmo sítio. Por exemplo, sair-lhe-á mais barato se fizer a compra de todos os elementos da canalização ou de iluminação a uma única empresa e pode negociar um desconto, especialmente se pagar a pronto. Não se esqueça, ainda, de procurar promoções. Ao mesmo tempo, não comprometa o conforto da sua casa. De nada lhe adianta comprar janelas baratas e de má qualidade se, no Inverno, elas permitirem que o calor gerado pelo aquecimento escape. Evite, também, materiais importados e considerados especiais. Serão muito mais caros.

6 – Calcule bem a quantidade de materiais

Um dos erros mais comuns é a não contabilização rigorosa das quantidades necessárias de cada material. A ajuda de um profissional volta a ser importante neste passo para que os cálculos sejam bem feitos e se evitem sobras e subsequentemente desperdícios.

7 – Construa na vertical ­­

Pense numa construção vertical e não horizontal. Uma casa de 200m² distribuída num único piso precisará de uma fundação e telhado maiores do que uma de 200m² divididos em dois pisos. Além disso, ao construir na vertical, estará a poupar no espaço de ocupação do terreno. A construção de uma casa na vertical pode levá-lo a poupar até cerca de 15% do seu orçamento.

8 – Seja cuidadoso na escolha do terreno

Se ainda não tem um terreno, seja cuidadoso na escolha do mesmo. Desconfie de terrenos demasiado baratos porque tendem a ser problemáticos e a localização dos mesmos pode acabar por lhe sair mais cara (se estiver longe das infraestruturas locais, pode ter que pagar muito para conectar a sua casa às redes de esgoto, electricidade, gás e internet, já para não mencionar o dinheiro que gastará, mais tarde, na comuta entre a casa e trabalho/escola, serviços e espaços de lazer). Além disso, não se esqueça que quanto mais difícil for aceder ao terreno e/ou quanto mais inclinado, rochoso e problemático, mais caro será o acesso e a escavação. Pense a longo-prazo!

9 – Casa e Construção DIY (“Do It Yourself”/Faça Você Mesmo)

Sim, nós sabemos. Estivemos até agora a dizer que deve contratar um arquitecto. E deve. Mas isso não significa que não haja aspectos da obra que possa fazer você mesmo, sobretudo se tem alguma habilidade para construção e bricolagem.

10 – Recorra a lojas de materiais de demolição e reciclados

Por fim, mas não menos importante, considere as lojas que comercializam materiais de demolição e reciclados, locais onde pode encontrar soluções muito interessantes por preços bastante acessíveis. Em Portugal, pode recorrer à Repositório de Materiais. A plataforma faz a salvaguarda e a valorização de componentes que sobram de obras de demolição e reabilitação e que mostram potencial para reutilização (no catálogo, encontra azulejos, cantaria, ferragens, portas/portadas, vigas, soalho/taco, entre outras coisas). O intuito do projecto é evitar desperdícios e diminuir os resíduos gerados pelo sector da construção. É, sem dúvida, um projecto muito interessante e pertinente que não podia deixar de constar entre as nossas dicas de construção e reforma mais baratas.

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